Reflexões a
partir de:
FREIRE,
Paulo; NOGUEIRA, Adriano. Que fazer –
Teoria e Prática em Educação Popular. Petrópolis: Vozes, 1991. 3. ed. - (RESENHA)
Nesse pequeno livrinho
narrado/escrito por Paulo Freire e Adriane Nogueira encontramos alguns
conceitos chaves para a educação popular.
O
primeiro deles é o poder. É preciso antes de qualquer coisa entender que o
poder burguês que transpassa nossa sociedade não contribui para a educação
popular, por isso temos que transformar esse poder, tornar o poder não mais
monista e sim pluralista, assim como os movimentos sociais, ao qual dão origem
a educação popular.
A
educação popular é baseada principalmente no conhecimento de mundo que o
sujeito possui para o aprendizado. Ou melhor, explicando, a educação popular se
baseia no conhecimento de mundo, ou seja, como o sujeito compreende seu mundo,
e a partir disso, o que é preciso para transformá-lo.
Os
professores da educação popular tem que se dar conta de que as classes
populares também tem seu conhecimento, suas vivências, ou seja, tem de onde
partir. Não deve um professor de educação popular levar um “pacote” pronto de
conhecimento e maneiras de fazer para as classes populares. Isso faria com que
o conhecimento fosse desinteressante, pois não toca no estudante da classe
popular, não o afeta, posto que não parte de sua realidade.
O
conhecimento das classes populares é diferente do intelectual, pois se dá
através da oralidade. No entanto, devemos ter claro em nossas mentes “[...]que
os grupos populares são perfeitamente capazes de aprender a significação do
discurso teórico.” FREIRE; NOGUEIRA, 1991, p. 37
O
sonho também é um dos conceitos necessários para a educação popular. É
necessário ter um sonho, uma utopia, baseada na realidade dos grupos populares,
para que dela nasça a ação transformadora dessa realidade.
Outro
conceito que o professor deve ter em mente é o fato de que alunos de diferentes
grupos sociais possuem diferentes compreensões do mundo, portanto possuem
aprendizado diferentes. “Não dá mais pra dizer, simplesmente: todos são iguais
porque a escola é igual pra todos." FREIRE; NOGUEIRA, 1991, p. 47
Por
último os autores tocam no ponto que diz que a escola e a transformação estão
completamente ligadas, pois a escola da educação popular deve formar cidadãos
que sejam capazes de olhar para o seu mundo e transformá-lo para que se torne
melhor.
Graziele Soares de Barros
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