O TOCO participa do "XIV fórum de estudos: Leituras de Paulo Freire", promovido pela Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Erechin, com o trabalho "O projeto Teatro do Oprimido na Comunidade como espaço de construção de saberes" do dia 24 a 26 de Maio de 2012
sexta-feira, 18 de maio de 2012
quinta-feira, 17 de maio de 2012
Que fazer – Teoria e Prática em Educação Popular
Reflexões a
partir de:
FREIRE,
Paulo; NOGUEIRA, Adriano. Que fazer –
Teoria e Prática em Educação Popular. Petrópolis: Vozes, 1991. 3. ed. - (RESENHA)
Nesse pequeno livrinho
narrado/escrito por Paulo Freire e Adriane Nogueira encontramos alguns
conceitos chaves para a educação popular.
O
primeiro deles é o poder. É preciso antes de qualquer coisa entender que o
poder burguês que transpassa nossa sociedade não contribui para a educação
popular, por isso temos que transformar esse poder, tornar o poder não mais
monista e sim pluralista, assim como os movimentos sociais, ao qual dão origem
a educação popular.
A
educação popular é baseada principalmente no conhecimento de mundo que o
sujeito possui para o aprendizado. Ou melhor, explicando, a educação popular se
baseia no conhecimento de mundo, ou seja, como o sujeito compreende seu mundo,
e a partir disso, o que é preciso para transformá-lo.
Os
professores da educação popular tem que se dar conta de que as classes
populares também tem seu conhecimento, suas vivências, ou seja, tem de onde
partir. Não deve um professor de educação popular levar um “pacote” pronto de
conhecimento e maneiras de fazer para as classes populares. Isso faria com que
o conhecimento fosse desinteressante, pois não toca no estudante da classe
popular, não o afeta, posto que não parte de sua realidade.
O
conhecimento das classes populares é diferente do intelectual, pois se dá
através da oralidade. No entanto, devemos ter claro em nossas mentes “[...]que
os grupos populares são perfeitamente capazes de aprender a significação do
discurso teórico.” FREIRE; NOGUEIRA, 1991, p. 37
O
sonho também é um dos conceitos necessários para a educação popular. É
necessário ter um sonho, uma utopia, baseada na realidade dos grupos populares,
para que dela nasça a ação transformadora dessa realidade.
Outro
conceito que o professor deve ter em mente é o fato de que alunos de diferentes
grupos sociais possuem diferentes compreensões do mundo, portanto possuem
aprendizado diferentes. “Não dá mais pra dizer, simplesmente: todos são iguais
porque a escola é igual pra todos." FREIRE; NOGUEIRA, 1991, p. 47
Por
último os autores tocam no ponto que diz que a escola e a transformação estão
completamente ligadas, pois a escola da educação popular deve formar cidadãos
que sejam capazes de olhar para o seu mundo e transformá-lo para que se torne
melhor.
Graziele Soares de Barros
TOCO e TECSOL
No mês de abril de 2012 nós
tocomanos fomos convidados a integrar o grupo do TECSOL - Núcleo
Interdisciplinar de Tecnologias Sociais e Economia Solidária. Este núcleo é
formado por estudantes e professores de diversas áreas de conhecimento. O grupo
TECSOL trabalho no programa de incubação de cooperativas de economia solidária.
Dentro desse programa existem três projetos: Bem da Terra, que visa um espaço
de comércio às cooperativas da incubadora; Projeto Reciclar, que abarca as
cooperativas de reciclagem; e o Encontro dos Saberes que promove oficinas para
a comunidade relacionadas à prática da economia solidária.
Durante
o mês de abril e maio os estudantes bolsistas e voluntários (onde nós nos
encaixamos) participaram de oficinas de formação relacionada à temática
principal: economia solidária.
Participamos
da oficina sobre autogestão. Nesse dia discutimos muito sobre como a autogestão
se dá na maioria dos casos e o quanto é difícil para todos conseguirmos nos
adequar a esse modelo que envolve autonomia e responsabilidade.
A
última oficina a qual participamos era sobre legislação cooperativa. Nessa
oficina montamos ficticiamente uma cooperativa de artistas, para entendermos
melhor qual parte da legislação brasileira se encaixa com os empreendimentos de
economia solidária. Em geral o Direito não está pronto para atender todas as
demandas de um empreendimento de economia solidária, no entanto para que este
empreendimento possa competir com um empreendimento de economia de mercado é
preciso que ele seja juridicamente comprovado.
Nesta
etapa do trabalho estamos elaborando nossa proposta de atuação do teatro junto
ao TECSOL.
Graziele Soares de Barros
domingo, 13 de maio de 2012
ATUALIDADE DE PAULO FREIRE: Continuando e reinventando um legado
RESENHA: GADOTTI, Moacir. ATUALIDADE
DE PAULO FREIRE
Continuando e reinventando um legado. Milano, 2002.
Moacir Gadotti nos apresenta um texto
muito objetivo no qual começa expondo a situação do conhecimento acerca da
teoria freiriana fora do Brasil. Ele coloca que a UNESCO, próximo aos anos
2000, criou um documento convocando para um congresso internacional e nesse
documento mostrava-se o desconhecimento por parte destes das teorias
posteriores às décadas de 70 escritas por Paulo Freire. Os textos do autor
começaram a ser publicados em português depois de seu retorno do exilio em
1979.
A partir deste quadro Gadotti situa o
leitor na teoria freiriana, apontando em primeiro lugar um dos pilares não
citados no relatório da UNESCO, o qual seria o “aprender para quê”. Os outros
quatro são: aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a viver juntos e
aprender a ser.
O que é o ato de conhecer? Vivemos em
uma sociedade do conhecimento? O que se tem percebido é muito mais informação
circulando em todos os meios de comunicação, enquanto os meios de acesso ao
conhecimento continuam precários. Dessa forma podemos nos situar em que
contexto vivemos para pensarmos sobre o ato de aprender.
Como acontece a construção do
conhecimento? Resumindo as teses de Paulo Freire a respeito podemos dizer que
conhecer é construir categorias de pensamento a partir de algo que se deseja
conhecer, algo que seja selecionado dentre um mundo de informações que muitas
vezes não passam de lixo. Conhecer é uma condição do ser humano. Todos podem
aprender e ensinar.
Paulo Freire também vai afirmar que se
aprende através das próprias experiências a vida toda e é preciso de tempo para
aprender. Aprende-se o que tem importância para si, sendo que acumular
conhecimentos não é aprender. E a frase que da o maior exemplo da dialogia
freiriana é: “quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao
aprender.”.
Gadotti
nos faz pensar também a respeito da educação utilitarista que se vem instalando
cada vez mais nas instituições de ensino. Contrapõe a noção de saberes à de competências.
Essa última remete a ideia de um sujeito tornando-se ferramenta produtiva para o
sistema capitalista, formam-se indivíduos com competências para atuar em
diversos setores da sociedade, mas cada vez menos são formados seres humanos. É
necessário que o ser humano não seja um simples individuo de competências, mas
sim um sujeito do conhecimento que saiba pensar e saiba o porquê aprende e o
que aprende.
Em uma formação pode-se adquirir muitos saberes
e certos conhecimentos, no entanto se esta pessoa não tiver em sua prática a
competência necessária para um professor, este saber torna-se inválido. Segundo
o autor é atuando que “aprendemos técnicas e métodos sobre ‘como fazer’.”, essa
afirmação pode-se encontrar também na poética do Teatro do Oprimido de Augusto
Boal, pois, segundo este, um fórum não se faz de palavras e sim de ações que
possam ser transformadoras.
Para ensinar, antes de tudo, é necessário que
os educadores saibam como se aprende. O professor precisa pensar na consequência
de suas atividades futuramente, e entender que não trabalha sozinho, que a
escola deve ser um coletivo. A questão do coletivo é de grande relevância para
a atualidade escolar brasileira, posto que no sistema disciplinarizado em que
se encontra, muitos dos profissionais das instituições de ensino não se
comunicam e não se enxergam enquanto coletividade.
. E da mesma forma que é
necessário saber o porque saber aprender é também importante saber ensinar:
““saber porque” está ensinando e o que está ensinando”(GADOTTI, p:4). Saber
ensinar implica paradigmas para o novo professor, os quais Gadotti explica em
seu artigo. O novo professor é um profissional do sentido, pois ele dá/constrói
sentido para o conhecimento, é profissional que aprende em rede, pois participa
colaborativamente do processo de aprendizagem, o professor deve religar a
escola e o prazer, deve ter ética, e para ser ético deve ter um sonho, ou seja,
uma perspectiva, pensar numa educação com olhos no futuro e deve ser por fim um
promotor da vida, da paz e da sustentabilidade. A educação deve confundir-se
com o processo de humanização.
Mauricio
Mezzomo Dias e Graziele Soares de Barros
Do Artigo disponível em
: http://siteantigo.paulofreire.org/pub/Institucional/MoacirGadottiArtigosIt0044/Atualidade_PF_2002.pdf
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