sexta-feira, 14 de maio de 2010

TOCO trabalha metodologia teatral com mulheres da Z-3
O grupo de Teatro do Oprimido na Comunidade (Toco), estará na Unidade Básica de Saúde da Colônia de Pescadores Z-3 no próximo sábado (8), às 15h, trabalhando o teatro-fórum com as mulheres daquela comunidade. O projeto de Extensão que envolve acadêmicos dos cursos de Teatro Licenciatura e Música da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) desenvolve a metodologia sistematizada e popularizada mundialmente pelo teatrólogo brasileiro Augusto Boal, que morreu há um ano, em 2 de maio de 2009.
Inspirado nas propostas do educador Paulo Freire, Boal entendia o teatro como instrumento de emancipação política e de transformação da sociedade – ao identificar-se com situações de opressão apresentadas, o “espect-ator” poderia repensar sua própria postura diante destas opressões. Com importância na área teatral reconhecida internacionalmente no mesmo nível de Bertold Brecht e Constantin Stanislavski, Boal acreditava que o teatro deveria ir ao público – e não esperar por ele.
Sob coordenação da professora Fabiane Tejada, os estudantes conduzirão uma oficina com exercícios de “aquecimento” e expressão corporal a um grupo de cerca de 40 mulheres de pescadores, residentes na localidade. A oficina inicial é preparatória para a segunda etapa da proposta: o teatro-fórum. Pelo método proposto por Boal, os acadêmicos/atores encenam um esquete que apresenta uma situação de opressão, abrindo espaço para a participação das espectadoras, que poderão assumir os personagens, na cena, e mostrar – através da dramatização – como acreditam que a personagem deveria agir/reagir diante da situação apresentada.
Em 2008, Augusto Boal foi indicado ao prêmio Nobel da Paz em reconhecimento a seu trabalho com o Teatro do Oprimido. Até hoje sua metodologia é desenvolvida em mais de 50 países nos cinco continentes do mundo. Os 22 livros escritos por ele foram traduzidos em mais de 20 idiomas. Integram o Toco: Ana Alice Müller , Celio Soares Júnior, Lucia Elaine Berndt, Joice Lima, Paulo Alfrino Borba e Roberta Bandeira. No dia 21 de maio o grupo apresentará o projeto no Fórum de Estudos: Leituras de Paulo Freire, em Porto Alegre.




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