quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Resenha sobre o livro “Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa” de Paulo Freire



          O livro Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire contém uma série de orientações ao docente que pretende exercer sua profissão baseado numa educação com princípios democráticos. Dividido em três capítulos traz ensinamentos desde a relação do educando com o educador até a relação do educando com a sociedade.
No primeiro capítulo Freire aponta tópicos que deverão ser previamente conhecidos antes do exercício docente, como sugere o próprio título “Não há docência sem discência”. Neste capítulo o autor aborda temáticas referentes à formação do educador. Segundo o autor, por exemplo, ética e criticidade são alguns dos pré-requisitos para se tornar docente. Mas o principal ponto deste capítulo é o conceito de “pensar certo”, que se trata do ato de estar sempre repensando sua ação enquanto docente, para que assim tenha seus objetivos e metas bem delineados e então possa exercer seu ofício com destreza.
Já no segundo capítulo o eixo principal é a tarefa docente em relação ao educando. Este trecho traz consigo a preocupação de entender que o docente educa para o mundo, e não apenas transmite conteúdos pré-estabelecidos. O docente, segundo Paulo Freire, deve ter consciência de si no mundo, para que assim possa transmitir esse senso crítico ao educando.
Por fim, no último capítulo o autor coloca a humanidade como norte para a profissão docente. Nesta parte entende-se que antes de serem docentes, também são humanos e que não é necessário ocultar essa face para o educando. Neste capítulo destaca-se o conflito entre “autoridade e autoritarismo” e “liberdade e licenciosidade”, deixando claro que o equilíbrio se dá com “liberdade e autoridade”.
O livro traz ensinamentos para todo tipo de professor e opiniões cheias de ideologia, e que podem ser de desagrado para o profissional que não tenha interesse numa educação com princípios democráticos e na dialogicidade. No entanto, é por esse mesmo motivo que serve como base para o trabalho do Teatro do Oprimido na Comunidade e para o nosso exercício docente, fazendo com que sempre estejamos em constante aprendizado e reflexão sobre a prática.

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