segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Augusto Boal – 80 anos Nossa Homenagem

 

Uma parceria do Programa de Pós-Graduação em artes Cênicas e do Departamento de Arte Dramática do Instituto de Artes da UFRGS com o Instituto augusto Boal e Teatro de Arena de Porto Alegre.

Na visita da professora/doutora Silvia Balestreri a Pelotas para uma palestra dia 28 de setembro, que faz parte do Ciclo de Palestras do PIBID, o grupo recebeu convite para participar desta merecedora homenagem a Augusto Boal que acontecerá no Teatro de Arena de Porto Alegre, localizado na Borges de Medeiros. O Teatro foi fundado em 1967 e tem Arena de três lados, com capacidade para 110 espectadores, um lugar muito aconchegante para esta atividade informal e singular.

Dia 16 de outubro então, o Grupo TOCO estava lá. Depois de uma viagem, digamos um tanto quanto barulhenta e com atrasos, chegamos a Porto Alegre, mais precisamente, diretamente no Teatro de Arena, nem um minuto a mais nem a menos para podermos assistir a palestra com Cecília Boal, primeira atividade do evento.

Cecília pede que os presentes falem de suas experiências para iniciar um debate e uma das questões já levantadas é que para trabalhar com o Teatro do Oprimido tem que haver alternativas de debate, se não existe, nem se propõe. Fabiane Tejada, orientadora e componente do grupo TOCO, fala da dificuldade que existe de colaboração dos representantes de comunidades, Cecília diz que temos que estar onde querem que estejamos, que não adianta ficar forçando, tem ajuda quem quer.

Cecília fala que tem que haver um deslocamento de poder, nós que estamos ali, o detemos de certa forma, somos pessoas que lêem, que falam, que se colocam e lidamos com pessoas que não tem esse “poder”, o que é natural para nós, para outros é a simplicidade e humildade. Enquanto não houver esse deslocamento não teremos resultados, baseado na pedagogia de Paulo Freire ela diz que todos temos a ensinar e a aprender, ninguém detém um poder total.

O Teatro do Oprimido não tem que ser um espetáculo, é uma militância, é um importante processo sem visar o produto final, ele é um instrumento metodológico e tem que começar a ser discutido nas academias.

Cecília se dirigiu para o Parque Farroupilha, para o Parque da Redenção, onde a Trupe de Atuadores “Ói Nóis Aqui Travéiz” ofereceu a apresentação do fantástico espetáculo de rua “O Amargo Santo da Purificação”.

Logo, às 19h, começou Boal-e-Nós, boais-em-nós: apresentações artísticas, depoimentos e comentários afetivos sobre o legado de Augusto Boal. Uma homenagem marcante e emocionante de artistas e amigos de Boal, onde nossa colega Toco´Mana Lucia apresentou sua esquete “Mão Livre”, baseada na peça musical de 1960 “Arena Conta Zumbi”.

Para o grupo foi um dia especial, de muitos conhecimentos e com muitas trocas, tanto de experiências acadêmicas como pessoais.

Lucia Berndt

Acadêmica do Curso de Teatro Licenciatura da UFPel.

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