segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Ciclo de Palestras PIBID debatendo teatro e educação

Lucia Berndt

Quarta-feira 28 de setembro de 2011

Nesta data tivemos no Auditório do CEARTE a segunda palestra intitulada: “Teatro do Oprimido: considerações sobre um Boal “teatro-pedagogo”, que faz parte da programação do ciclo. A Professora/doutora Silvia Balestreri Nunes que palestrou é atualmente coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da UFRGS, possui graduação nos cursos Bacharelado em Psicologia e Formação de Psicólogo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Silvia trabalha com o teatro do oprimido em disciplina, pesquisa e estágio. Participou do Plano Piloto da Fábrica de Teatro Popular e da primeira formação do CTO-Rio.

Silvia introduziu sua fala esboçando algumas atividades da sua trajetória com o Teatro do Oprimido e características desta trajetória que vem desde 1985 como atriz e curinga no CTO-Rio.

Logo ela sugeriu que nos separássemos em grupos, e que alguns com alguma experiência em TO ficassem com outros que não tinham e se formasse grupos com intuito de levantar dúvidas baseadas em duas perguntas: 1. O que sabem do TO e dos termos Curinga? 2. O que gostaríamos de conversar naquele momento?

Os grupos foram divididos e logo formaram novos grupos, e assim sucessivamente iríamos passando o que escutávamos no grupo anterior, ou seja, montamos grupos de fofocas (como ela mesma intitulou) para disseminar ali informações e dúvidas sobre esta prática do Teatro do Oprimido.

Surgiram muitas informações e também dúvidas, passadas de grupo a grupo onde reunimos todas no final para debatermos, as principais foram:

- Se é visto algum tipo de transformação para quem já trabalha com o TO?

- A diferença do Teatro Invisível para um teatro de pesquisa sem base, ou seja, quando existe e como distinguimos a ética nesta modalidade?

- Quais as diferenças entre a teoria e a prática no Teatro Fórum?

Baseados então nestas questões, o grupo começou a debater coletivamente trocando experiências com informações.

Silvia informa que existem três ou quatro questões para se ter um bom Fórum e que elas cabem praticamente ao curinga, pois é ele quem tem que conduzir com qualidade e muita sensibilidade o trabalho, ele tratará e desenvolverá o tema e os problemas de opressão apresentados por cada um. Segunda questão é o que se quer? Logo ele pergunta: o que atrapalha vocês de conseguirem e quais são as saídas que serão colocadas para o tema levantado. É importante que o curinga entenda essas saídas, mas também questione aonde se quer chegar. A função é deixar de ser necessário, orientar para o caminho da autonomia.

Este artigo pode ser visto na íntegra em: http://tocoufpel.blogspot.com/2011/10/3-ou-4-perguntas-para-um-bom-forum.html

Também se falou da dificuldade e algumas práticas em trabalhar com o TO envolvendo crianças que já sofreram maus tratos e/ou violência sexual. Silvia indicou o autor Hélio Júnior da Rocha de Lima com o livro Pedagogia de um Teatro Popular, disponível emhttp://www.cedecacasarenascer.org/Publicacoes/Livros/pedagogiadoteatropopular.pdf.

Para encerrar Silvia faz um convite para o evento que acontecerá no dia 16 de outubro, no Teatro de Arena de Porto Alegre, uma homenagem aos 80 anos de Augusto Boal. A primeira atividade do evento começa na parte da tarde e será um encontro de curingas, praticantes do Teatro do Oprimido e demais interessados. Depois a Tribo de Atuadores Oi Nóis Aqui Traveiz dedicará a Augusto Boal a apresentação do espetáculo de rua O Amargo Santo da Purificação no Parque Farroupilha, voltando para o teatro de Arena terá Boal-e-Nós, boais-em-nós: apresentações artísticas, depoimentos e comentários afetivos sobre o legado de Augusto Boal.

Nesta última atividade terá a apresentação da colega Pibidiana Lucia Berndt homenageando A. Boal com uma cena curta e adaptada da peça “Arena Conta Zumbi” chamada “Mão Livre”.

Teatro Licenciatura 2008

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